Translate

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Organize-se (1)

Será que cabe no orçamento (deste mês)?

Aquele produto que você "precisa" está à venda por apenas 10 parcelas de 99 e 90. Você pensa: "Que bom, 99 cabe no orçamento deste mês, vou comprar, afinal,  eu preciso muito desta geringônça!"?

Pois bem, muitos pensam e compram assim: Se a parcela cabe no orçamento do mês, logo, dá pra comprar. Mas veja quais são as consequências desta decisão:

1- Se você deixar de pagar o total da fatura do cartão, pagará também os juros.
E que juros! 100, 200% ao ano.
Isto significa que, se suas contas saírem erradas e você não puder pagar o valor total, (ou porque não viu a letra pequena na fatura, ou porque faltou dinheiro), danou-se:
Após um ano, você poderia comprar até dois produtos iguais só com o que paga a mais!

2- Mais cedo ou mais tarde, você vai pagar tudo. Não adianta, o produto será pago integralmente. ( A não ser que entre em falência).

O que deixa esta conta complicada e confusa é que outros compromissos acabam encavalando e fica difícil controlar o que já se pagou e o quanto falta pagar, quantos meses faltam em qual produto, etc.
Portanto a conta correta a fazer é se o valor total do bem cabe no orçamento, já que você ainda não tem o dinheiro com que está contando.

É difícil ter a paciência e controle de acumular e esperar, mas é o certo e o mais seguro a fazer. Além de ajudar a exercitar o autocontrole e gerar tempo para avaliação da necessidade desta compra (esta aquisição é realmente essencial, quais são as alternativas?).

Para ter um dinheiro hoje que só entraria no futuro, apenas tomando empréstimos. Empréstimos só são oferecidos mediante pagamento de juros.

Por isto o empréstimo deve ser feito com muito cuidado e para atingir objetivos específicos e maiores (como a compra de um imóvel). Também devem ser feito sempre respeitando o princípio do empréstimo com o menor juros, toma-se primeiro. (Imóvel, veículos, bens-duráveis tem menor juros que cartão de crédito, crédito pessoal e cheque especial).

No caso do cartão de crédito e da compra parcelada, que possuem os maiores juros do mundo, deve-se evitar o máximo.

Ignorar esta advertência pode levar a um dos mais graves problemas financeiros: o efeito bola de neve (empréstimos que geram necessidade de novos empréstimos para pagamento de juros) e a falência financeira.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Nutra-se (1)

O que comemos: Os alimentos estão perdendo nutrientes?

Você já ouviu falar que os alimentos hoje não possuem a mesma quantidade de nutrientes que os do passado? Este é um tema que aparece na mídia ou na voz de especialistas.

Porém nem todos sabem bem dos fatos por traz desta afirmação e de como isto afeta nossa vida.

Em uma rápida pesquisa na internet, pouco material de qualidade sobre isto foi encontrado.

Este artigo, em lingua inglesa, trata muito bem o tema:

http://www.scientificamerican.com/article/soil-depletion-and-nutrition-loss/

Caso você não leia em inglês, aqui está um resumo em tradução livre:

" Diversas pesquisas científicas identificaram que, ao longo do último meio século, houve declínio considerável no montante de nutrientes nos alimentos.

Isto se aplica para proteínas, cálcio, fósforo, ferro, vitamina B2, C , etc.

Um dos estudos comparou o nutriente dos alimentos disponíveis em 1975 com os de 1997, descobriram que os níveis médios de cálcio em 12 vegetais frescos caíram 27 por cento; os níveis de ferro de 37 por cento; níveis de vitamina A, 21 por cento, e os níveis de vitamina C, 30 por cento.

Outro estudo semelhante, este comparando alimentos de 1930 com 1980, constatou que em 20 produtos hortícolas, o teor médio de cálcio tinha diminuído 19 por cento; ferro de 22 por cento; e de potássio de 14 por cento.           "

Ou seja , os alimentos de hoje possuem de forma geral 20-30 % menos  nutrientes que os alimentos cultivados há 50 anos.

As causas?

O artigo aponta: "Os esforços para se reproduzir novas variedades de culturas que proporcionam maior produtividade, resistência a pragas e adaptabilidade ao clima permitiram culturas para crescer mais e mais rapidamente."

Os alimentos crescem mais rapidamente, em um solo muito explorado e mais pobre, o que impossibilita a absorção eficiente de nutrientes.

Como resolver o problema :

Segundo o artigo, a solução é a correta utilização do solo: Intercalação de culturas e agricultura orgânica.

Creio que, em modo geral, esta é uma condição sem retorno ( que os alimentos não voltarão a ter a mesma carga nutricional que no passado). Isto devido a forma como a agricultura está hoje estruturada. Isto é claro uma tese, e requer avaliações no ambito da economia, da cultura, e assim por diante. Este não é o foco nesta dicussão.

Mas, o que isto significa para mim?

Como artigo bem coloca, esta redução não significa que devemos para de comer vegetais e frutas.

Este grupo de alimento é extremamente rico em nutrientes que fazem com que nosso corpo funcione bem. Porém, agora menos rico , como constatado.

Outro razão natural é que esta tendência afeta não só frutas e vegetais, mas  toda a cadeia de alimentos (lembra das cadeias alimentares na aula de ciências? Então, a base da cadeia são os alimentos vegetais).

É recomendado portanto que:

1. Se use, quando possível, produtos locais ( que em tese são cultivados em solos menos explorados)  e orgânicos. Este último ainda nos precave dos efeitos de resquícios dos pesticídas.

2. Continue buscar alimentação balanceada

Cheque seus habitos:
http://www.guiadenutricao.com.br/a-piramide-alimentar/

3.  Faça uso de suplementos. Particularmente uso vitamina D ( onde moro não tem muito sol, que ajuda na absorção deste nutriente), C ( que reforça o sistema imunológico, uso portanto quando percebo sinais do corpo que esta fraco, próximo a uma gripe), Ferro ( tive falta de ferro na infância e faço uso para previnir fraqueza) e a dobradinha Magnésio/Cálcio quando treino com mais intesidade.

Cheque o que Lair Ribeiro tem a dizer sobre o assunto, e sua tese dos 5 nutrientes que faltam no corpo:

https://www.youtube.com/watch?v=XlWIgEjuJVo

- Participe de discussões e influencie para uma mudança ou estabilização nos padrões da agricultura.
Vote com consciência e pense nas gerações futuras!